Panturrilla

Minha irmã e eu estávamos nomeando as partes do corpo. Eu disse:
– Em cima do cotovelo se chama braço e, embaixo, antebraço.
– Hum.
– Em cima do joelho se chama coxa e embaixo?
– Sobrecoxa!

(Amanda, 5 anos)

Dieta infalível

Estávamos na cozinha com o Gui, que estava comendo Danone. Começamos a pedir que ele falasse algumas palavras (ele troca o R por L em algumas, meio Cebolinha). Então falamos:
– Gui, fala trepa-trepa.
– “Tlepa-tlepa”.
– Fala, tropical.
– “Topical”.
– Nossa, Gui, você tá comendo o R!
– Não, é Danone.

(Gui, 2 anos)

O escovado não custa cárie

Alice estava reclamando que um dentinho estava dolorido. Vi um pontinho preto nele, já fiquei preocupada em ser uma cárie e reclamei:
– Filha, não acredito que você, com 5 anos, já tem uma cárie. A mamãe foi ter cárie só com 30 anos.
– Mãe, não acredito que você, com 30 anos, ainda não sabe escovar os dentes.

(Alice, 5 anos)

Lápode

Estávamos indo para o sítio e passamos por uma plantação de flores do campo bem coloridas. Comentei:
– Bonitas, né, Breno?
E ele respondeu alegremente:
– Sim, tia! Parece um cemitério!

(Breno, 8 anos)

Identidade secreta

A Mel herdou do irmão uma fantasia do Super Homem. Um dia, ela perguntou se poderia ser o Super Homem e respondemos que ela poderia ser quem ela quisesse. Certa vez, ela vestiu a fantasia para ir ao supermercado comigo e uma pessoa a viu e comentou:
– Mas você é uma menina. Não deveria ser a Mulher Maravilha?
– A mamãe me disse que posso ser quem eu quiser.

(Mel, 5 anos)

Ambição essencial

– Tia, a senhora sabia que eu tirei 10 em matemática e 8 em português?
– Nossa, Yhasmim, parabéns. Quando crescer você vai ser a médica da família, né?
– Eu não, tia. Vou trabalhar igual aquelas pessoas que usam aquelas roupas que acendem no escuro.
– Garis?
– Isso aí, tia. Pra ajudar o planeta.

(Yhasmim, 4 anos)