Bom pra todos, melhor pra mim

Trabalho com tecnologia, ultimamente muito focada em impressão 3D. Meu primo, depois de receber um brinquedo que lhe imprimi, perguntou-me:
– Prima, se consegues criar de tudo porque não imprimes muitas de ti para eu ficar com uma?
– Paulinho, se tivessem muitas de mim, eu deixaria de ser especial.
– Sim. Mas aí envias as cópias para o trabalho, para a Universidade… e a verdadeira fica só para mim!

(Paulo, 5 anos)

Rixa construtiva

Papai disse pra Cecília que quando a briga com ela é pro bem dela. Aí ela foi brincar com uma amiga, falei que não era pra elas brigarem, e ela:
– Mamãe, eu e a Gabi brigamos pro nosso bem.

(Cecília, 3 anos)

Arde sem se ver

Alícia ama dormir com nossos pais e então, eu disse pra ela:
– Alícia, e se a mamãe for se mudar pra uma fazenda e você ficar aqui comigo?
– Ela não pode ir. Ela tem que dormir comigo!
– Por quê?
– Porque ela tem um cheiro.
– Cheiro de que?
– Cheiro de amor.

(Alícia, 4 anos)

Inocência contada

– Mamãe, por que estou demorando tanto a crescer? Eu quero crescer logo!
– Por que, filho?
– Porque eu quero entender todas as coisas!

(Jean, 4 anos)

Cuidados essenciais

Levamos o Bernardo para cortar o cabelo. Quando a cabeleireira ligou a máquina e passou perto da orelha dele, ele disse:
– Cuidado com a minha orelha, porque eu preciso pendurar a minha máscara.

(Bernardo, 2 anos)

Notícias populares

– Professora, você sabia que o assunto mais falado no Twitter era a privatização do SUS? Isso pode acontecer?
Então outros começaram:
– O que é privatização?
Como professora de Lingua Portuguesa, aproveitei a oportunidade:
– Bem, vamos lá: privatização. O que essa palavra lembra?
Minha expectativa de resposta: privado. Resposta unânime:
– Privar.

(Classe do ensino fundamental)

“Cabeleila” leiga

Depois de encontrar com a prima, Alice disse:
– Mãe, sabia que a Anabel tem ameixas vermelhas?
– Ameixas vermelhas?
– É, no cabelo.
– Ah, mechas!
– Isso, mechas

(Alice, 5 anos)

Super natural

A porta, que estava aberta, bateu de repente e eu disse:
– Nossa, será que foi o vento?
– Não, mamãe, foi a porta.

(Miguel, 3 anos)

8 ou 80. Ou 88

– Mãe, quero comer alguma coisa.
– Come uma fruta.
– Tem mixirica?
– Sim.
– Então vou comer gelatina.

(Olívia,5 anos)

Pesquisadores: Ultimato

Com o celular em mãos…
– Siri, responda todas as minhas perguntas ou eu te troco por um Samsung.

(Guilherme, 8 anos)